DÉDALO, Um Herói na Grécia Antiga
Adaptação da lenda grega “DÉDALO, Um Herói na Grécia Antiga” para teatro.
Esta lenda está incluída no livro - Histórias e Lendas da Europa - de Ana Maria Magalhães e de Isabel Alçada, com ilustrações de Carlos Marques.
O trabalho foi elaborado para apresentar ao concurso “Uma Aventura Literária 2008”.
A escolha da lenda foi da responsabilidade dos alunos e teve o apoio da professora da titular da turma e da coordenadora da biblioteca escolar.
Escola EB1 de Praias do Sado, Setúbal
Alunos do 4.º Ano:David Jorge Campião; Luís Fernando Assis; Paulo Alexandre Matias e João Filipe Pereira
Professora: Urquida Jardim
Coordenadora da Biblioteca Escolar: Teresa Fragoso
Cenário: Papel cenário pintado com um castelo, o labirinto, mar e barco.
Personagens: Dédalo, Rei Minos, Pasifae, Minotauro, Teseu, Ariadna, Ícaro, rei da Sicília e ainda o narrador.
Adereços: lençóis, lenços, alfinetes de dama, cabeça de touro
A Lenda
Narrador: Dédalo era um homem muito diferente dos outros pela sua inteligência. Ele resolvia problemas complicados com muita facilidade. Um dia, o rei Minos, senhor da ilha de Creta, decidiu chamá-lo para resolver um problema.
Rei Minos: Dédalo, a minha mulher, rainha Pasifae, apaixonou-se por um touro.
Dessa paixão, nasceu um monstro chamado Minotauro. O Minotauro é homem da cintura para baixo e touro da cintura para cima.
Narrador: O rei Minos desejava matar o enteado mas não teve coragem. Então, para ele só havia uma solução que era encerrá-lo numa prisão de onde não pudesse escapar.
Rei Minos: Dédalo, imagina uma prisão de onde o monstro não possa escapar.
Dédalo: Tive uma ideia, Vamos construir um labirinto com vários caminhos. Quem lá entrar nunca mais de lá sai.
Narrador: O Minotauro ficou encerrado no labirinto.
Alimentar esse monstro era complicado porque exigia carne humana.
Então, o rei decidiu que, de nove em nove anos, eram enviados sete rapazes e sete raparigas atenienses para saciar o Minotauro.
Certo dia, o filho do rei de Atenas foi um dos sete rapazes escolhidos. O seu nome era Teseu.
Teseu era um belo rapaz.
Teseu prometeu ao pai matar o monstro.
A filha do rei, Ariadna, apaixonou-se por ele. Ariadna, pediu a Dédalo que o salvasse.
Ariadna: - Dédalo! Dédalo! Tem que me ajudar. Teseu está a ser levado como alimento para o Minotauro.
Dédalo: Encontrei uma solução.
Ariadna: Diz-me a tua ideia.
Dédalo: Não é complicado. Basta um simples novelo.
Ariadna: Como é que vai funcionar?
Dédalo: Teseu deve atar uma ponta do fio de novelo à entrada e depois ir desenrolando pelo caminho. Assim, quando quiser voltar já não se perde.
Ariadna: Tu és um génio! Como é que ninguém se lembrou disso antes?
Narrador: O rapaz assim se fez e a sorte sorriu-lhe. O monstro estava a dormir e Teseu aproveitou para o matar.
Teseu: Companheiros, vamos sair do labirinto!
Ariadna, embarca comigo para Atenas!
Narrador: O rei Minos ficou furioso.
Rei Minos: Só uma pessoa que os pode ter ajudado. É o arquitecto Dédalo.
Narrador: O rei Minos, ordenou que Dédalo e seu filho, Ícaro, ficassem presos no seu próprio labirinto.
Ícaro: Como vamos sair daqui?
Dédalo: De certeza que o rei mandou vigiar todas as saídas que dão para o mar e para a terra. Mas esqueceu-se do ar e do céu.
Por isso vou construir umas asas para mim e outras para ti.
Ícaro: Voar? Que maravilha!
Dédalo: Cuidado, Ícaro! Não voes alto demais.
Ícaro: Porquê?
Dédalo: Porque as asas estão coladas com cera e, te aproximares muito do Sol, ela derrete e as asas soltam-se.
Narrador: Ícaro estava a gostar tanto de voar que esqueceu das recomendações do pai.
Como Dédalo esperava, a cera derreteu e Ícaro caiu ao mar e morreu afogado.
Dédalo ficou muito triste e tomou uma decisão.
Dédalo: Vou partir desta ilha e vou para a Sicília.
Narrador: Na Sicília, o arquitecto foi muito bem acolhido pelo rei. Mas, o rei Minos não desistiu da vingança. Lançou um desafio para localizar Dédalo.
O rei Minos mandou anunciar uma recompensa a quem conseguisse passar um fio por dentro de um búzio.
Dédalo: Tenho uma ideia! Vou fazer um pequeno orifício no búzio. Ato o fio a uma formiga e introduzo-a lá dentro, com muito cuidado. Depois tapo a entrada. A formiga vai percorrer a espiral e sair pelo outro lado, arrastando a linha.
Rei da Sicília: Graças a Dédalo, o problema está resolvido
Rei Minos: Ó rei da Sicília, dai-me esse arquitecto!
Rei da Sicília: Não, nunca!
Narrador: Minos avançou com os seus exércitos, houve uma terrível luta e acabou por morrer no campo da batalha.
Dédalo: Estou muito feliz. Nunca mais irei sair da Sicília.
terça-feira, fevereiro 19, 2008
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