terça-feira, fevereiro 19, 2008

Concurso "Uma Aventura Literária 2008"

DÉDALO, Um Herói na Grécia Antiga

Adaptação da lenda grega “DÉDALO, Um Herói na Grécia Antiga” para teatro.

Esta lenda está incluída no livro - Histórias e Lendas da Europa - de Ana Maria Magalhães e de Isabel Alçada, com ilustrações de Carlos Marques.

O trabalho foi elaborado para apresentar ao concurso “Uma Aventura Literária 2008”.

A escolha da lenda foi da responsabilidade dos alunos e teve o apoio da professora da titular da turma e da coordenadora da biblioteca escolar.

Escola EB1 de Praias do Sado, Setúbal

Alunos do 4.º Ano:David Jorge Campião; Luís Fernando Assis; Paulo Alexandre Matias e João Filipe Pereira
Professora: Urquida Jardim
Coordenadora da Biblioteca Escolar: Teresa Fragoso


Cenário: Papel cenário pintado com um castelo, o labirinto, mar e barco.
Personagens: Dédalo, Rei Minos, Pasifae, Minotauro, Teseu, Ariadna, Ícaro, rei da Sicília e ainda o narrador.
Adereços: lençóis, lenços, alfinetes de dama, cabeça de touro


A Lenda

Narrador: Dédalo era um homem muito diferente dos outros pela sua inteligência. Ele resolvia problemas complicados com muita facilidade. Um dia, o rei Minos, senhor da ilha de Creta, decidiu chamá-lo para resolver um problema.
Rei Minos: Dédalo, a minha mulher, rainha Pasifae, apaixonou-se por um touro.
Dessa paixão, nasceu um monstro chamado Minotauro. O Minotauro é homem da cintura para baixo e touro da cintura para cima.
Narrador: O rei Minos desejava matar o enteado mas não teve coragem. Então, para ele só havia uma solução que era encerrá-lo numa prisão de onde não pudesse escapar.
Rei Minos: Dédalo, imagina uma prisão de onde o monstro não possa escapar.
Dédalo: Tive uma ideia, Vamos construir um labirinto com vários caminhos. Quem lá entrar nunca mais de lá sai.
Narrador: O Minotauro ficou encerrado no labirinto.
Alimentar esse monstro era complicado porque exigia carne humana.
Então, o rei decidiu que, de nove em nove anos, eram enviados sete rapazes e sete raparigas atenienses para saciar o Minotauro.
Certo dia, o filho do rei de Atenas foi um dos sete rapazes escolhidos. O seu nome era Teseu.
Teseu era um belo rapaz.
Teseu prometeu ao pai matar o monstro.
A filha do rei, Ariadna, apaixonou-se por ele. Ariadna, pediu a Dédalo que o salvasse.
Ariadna: - Dédalo! Dédalo! Tem que me ajudar. Teseu está a ser levado como alimento para o Minotauro.
Dédalo: Encontrei uma solução.
Ariadna: Diz-me a tua ideia.
Dédalo: Não é complicado. Basta um simples novelo.
Ariadna: Como é que vai funcionar?
Dédalo: Teseu deve atar uma ponta do fio de novelo à entrada e depois ir desenrolando pelo caminho. Assim, quando quiser voltar já não se perde.
Ariadna: Tu és um génio! Como é que ninguém se lembrou disso antes?
Narrador: O rapaz assim se fez e a sorte sorriu-lhe. O monstro estava a dormir e Teseu aproveitou para o matar.
Teseu: Companheiros, vamos sair do labirinto!
Ariadna, embarca comigo para Atenas!
Narrador: O rei Minos ficou furioso.
Rei Minos: Só uma pessoa que os pode ter ajudado. É o arquitecto Dédalo.
Narrador: O rei Minos, ordenou que Dédalo e seu filho, Ícaro, ficassem presos no seu próprio labirinto.
Ícaro: Como vamos sair daqui?
Dédalo: De certeza que o rei mandou vigiar todas as saídas que dão para o mar e para a terra. Mas esqueceu-se do ar e do céu.
Por isso vou construir umas asas para mim e outras para ti.
Ícaro: Voar? Que maravilha!
Dédalo: Cuidado, Ícaro! Não voes alto demais.
Ícaro: Porquê?
Dédalo: Porque as asas estão coladas com cera e, te aproximares muito do Sol, ela derrete e as asas soltam-se.
Narrador: Ícaro estava a gostar tanto de voar que esqueceu das recomendações do pai.
Como Dédalo esperava, a cera derreteu e Ícaro caiu ao mar e morreu afogado.
Dédalo ficou muito triste e tomou uma decisão.
Dédalo: Vou partir desta ilha e vou para a Sicília.
Narrador: Na Sicília, o arquitecto foi muito bem acolhido pelo rei. Mas, o rei Minos não desistiu da vingança. Lançou um desafio para localizar Dédalo.
O rei Minos mandou anunciar uma recompensa a quem conseguisse passar um fio por dentro de um búzio.
Dédalo: Tenho uma ideia! Vou fazer um pequeno orifício no búzio. Ato o fio a uma formiga e introduzo-a lá dentro, com muito cuidado. Depois tapo a entrada. A formiga vai percorrer a espiral e sair pelo outro lado, arrastando a linha.
Rei da Sicília: Graças a Dédalo, o problema está resolvido
Rei Minos: Ó rei da Sicília, dai-me esse arquitecto!
Rei da Sicília: Não, nunca!
Narrador: Minos avançou com os seus exércitos, houve uma terrível luta e acabou por morrer no campo da batalha.
Dédalo: Estou muito feliz. Nunca mais irei sair da Sicília.